O antigo presidente da Assembleia Nacional Basílio Mosso Ramos, considera fraca a produção dos eleitos nacionais, apontando como exemplo o facto de o Parlamento legislar mais à base dos inputs do Governo do que por iniciativa própria. Ramos diz-se preocupado com imagem da AN passada para fora por deputados “que se deslizam”. “Julgo que se faz pouco no sentido de se responsabilizar aquela minoria que muitas vezes transmite uma má imagem do Parlamento”. Jorge Santos, por sua vez, lembra que o Estatuto de Titulares de Cargos Políticos vai clarificar, por exemplo, a situação dos...
A Reforma do Parlamento - que estava engavetada desde 2015 quando o país inteiro, sacudido pelo movimento #MAC114, saiu às ruas em protesto contra essas polémicas remunerações dos deputados e governantes com esse novo Estatuto de Titulates de Cargos Políticos - está de novo na ordem do dia e o antigo presidente do Assembleia Nacional, Amilcar Spenser Lopes, quer pé fundo dos dirigentes no acelerador para a aprovação dos aumentos salariais: “ninguém tem a coragem de apresentar à sociedade um plano concreto e explicar por que é que devem ser actualizadas. (...) Há outros...
O deputado da UCID, António Monteiro, considerou hoje no Parlamento haver “anomalias” no processo de Amadeu Oliveira.
Num tempo em que a «identidade» se tornou numa das categorias-chave da política, e uma espécie de categoria «catch-all» (como agora se provou com a polémica no parlamento cabo-verdiano), com todos os equívocos e confusões que isso acarreta, dialogar com o pensamento de Amílcar Cabral e compreender como recusava qualquer mística à sua «africanidade» que não se fundasse na luta, ganha uma renovada pertinência. Perdi o rasto ao texto onde uma vez li que Cabral seria o “contraponto lusófono de Fanon” e, com efeito, eles convergem nesta defesa acérrima da política como lugar...
Há sempre aqueles que querem estar na política, mas, por mais ideias brilhantes que tenham, são “afastados” pelos dinossauros políticos que não lhes dão um palco para apresentarem as sua ideias e, dessa forma, influenciarem a opinião pública cabo-verdiana.
O parlamento aprovou esta quarta-feira, 23, por unanimidade, a primeira alteração à nova lei de nacionalidade, cuja proposta havia sido retirada da agenda na sessão anterior.
No seu discurso conhecido como “Análises de Alguns Tipos de Resistência”, Cabral já exortava de que a nossa luta não era para substituir o poder colonial e manter o povo na miséria, mas para trabalhar para providenciar mais educação, mais oportunidades e mais justiça para todos, homens, mulheres, crianças ou idosos. Somos todos humanos e todos merecemos dignidade, por isso há que “suicidar a classe”. Essa ideia de solidariedade, companheirismo e de justiça, entre outras, de certeza lhe valeram esse lugar na História.